Sonhava em tirar os pés do chão, sobrevoar um infinito de coisas, escrever um mundo inteirinho de palavras pronunciadas e sonhos. Sonhava em estar de mãos dadas com quem não a prendesse. E quando estivesse cansada de "(sobre)voar", poder descansar na ponta dos pés como faz a grande bailarina que aparecia no espelho do seu quarto nas noites de attitude. Sonhava que alguém um dia nomeasse a pequenina dançarina do porta-jóias com seu nome. Sonhava em poder ser o que era de verdade, humana no verdadeiro sentido, só que com meia-calça, sapatilhas e colã. Sonhava em um dia poder e conseguir fazer tudo que quisesse.
Mal sabia ela, que não eram sonhos, só tinha esquecido de por os óculos, da alma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário