Tirar a blusa e deitar atravessada na cama, com as mãos quase tocando o chão e os seios apontando para a mesma direção do seu olhar: o teto.
Aceitar o calor e a voz rouca no ouvido, mesmo que não consiga se concentrar o suficiente para qualquer coisa fazer sentido, só sentir as notas o violão como se fossem no seu corpo e contasse dessa forma o tempo que deixou os cantos externos dos olhos úmidos em comparação ao coração que sobrevive seco.
Esse silencio lá fora não é paz não, é loucura da solidão que quase se torna um comprimido para toma-lo, dormir e esperar que mate tudo isso por dentro.
Essa gotinhas de lagrimas tem tanta força que sinto e faço dos meus olhos hidroelétricas, e as lagrimas se vão com toda a minha energia.
Eu queria que essas gotas queimassem e logo eu falecesse com a tristeza marcada em uma cicatriz que meu corpo já não poderia curar. Nem remédios. Nem beijos atrasados. Nem nada ou ninguém.
Quero sentar num banco de praça e ver o tempo passar sem mim. Que os anti-depressivos não façam efeitos e que finalmente algo me tome de vez, por completa, como a ultima gota de esperança, e que não possa mais ser vomitado - esse vai e vem de recogitação me assola de forma desesperadora.
Quando o tempo do relógio - biológico - parar, que não troquem a pilha, nem o pulso, só de lugar, e coloquem-o no fundo, bem no fundo de qualquer lugar onde possa ser esquecido. Como se nunca tivesse acontecido ou se quer existido.
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